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Será que as mídias OOH ainda devem ser incluídas nas estratégias de marketing?

uma foto colorida da times square em nova york

Quando falamos de inovação na publicidade, logo vêm em mente os anúncios digitais. Mas outras mídias também passaram por atualizações, da concepção da ideia até a execução, inclusive as peças de publicidade OOH, ou Out of Home.

Também conhecidas como mídia externa, as OOH são as peças publicitárias que têm como objetivo alcançar o público quando ele está fora de casa. Por isso, as peças deste tipo de projeto ficam em locais de muito tráfego de pessoas, como outdoors, relógios de rua, painéis rodoviários, frontlights.

Apesar de ser uma mídia conhecida há muitos anos pela população, as OOH continuam em alta e se reinventando. Muito se engana quem pensa que só empresas com estratégias de mídia mais conservadoras apostam neste tipo de conteúdo. Grandes organizações, inclusive as mais ousadas, como Netflix, Google Play e Marvel, reconhecem o poder das mídias Out of Home utilizando, e muito, desta ferramenta.

Mídias OOH e a digitalização 

Um card com imagens da campanha do banrishopping em veiculações de mídia externa, como outdoors e frontlights

Com o avanço e a popularização da tecnologia no dia a dia, tudo mudou, inclusive os formatos da mídia externa. Novidades como os monitores digitais e a mídia programática, por exemplo, alteraram a forma como a mídia OOH era vista nos planejamentos.

O maior destaque, sem dúvidas, é a utilização de um novo formato, conhecido como DOOH, Digital Out of Home, que é uma variação das OOHs na qual os anúncios passam a ser feitos majoritariamente em painéis e monitores digitais. 

De acordo com o relatório Global Digital Out of Home Market, o setor foi avaliado em mais de US$ 18 bilhões em 2020 e chegará a quase US$ 55 até 2030, mostrando um crescimento de 11,6% de 2021 a 2030.

O estudo também mostrou que a publicidade digital em formato OOH ajuda a aumentar o reconhecimento da marca, além de envolver o público em tempo real, o que é muito visado atualmente. Um dos grandes benefícios citados pela pesquisa, é o fato desta tecnologia ter diversas formas de tela, tamanhos e níveis de interatividade.

Segundo a Analista de Mídia da Moove, Paula Santos, a mídia externa digital é uma ótima opção para aumentar o reconhecimento da marca e um ponto importante na jornada do consumidor.

Além da digitalização das OOHs, várias outras tendências são vistas e esperadas para este nicho de mercado. Confira:

  1. Pontos de mídia cada vez mais focados em digital

O mundo é digital e a tendência é que as mídias externas tornem-se cada vez mais. Locais como elevadores, estabelecimentos comerciais, aeroportos e estações de metrô têm investido em painéis de led, que comportam esse modelo de publicidade, para gerar conteúdos dinâmicos. 

O que antes era focado somente em mídias estáticas, como cartazes, lonas e outdoors, agora tem novas possibilidades. O relatório produzido pela organização WARC, em 2018, mostrou que 37% de toda a publicidade OOH já era digital e que a previsão era crescer mais 10% até 2021. E os números foram muito animadores. De acordo com a pesquisa feita pela CENP, em 2021 foi movimentado R$ 1,7 bilhão, 38% a mais do que no ano anterior.

A mídia externa digital é o que está sendo mais utilizado. Ela consegue ter um número melhor de visibilidade, além de excelência na visualização de conteúdo”, afirma Paula.

  1. Conteúdo dinâmico

Além da digitalização, o tipo de conteúdo também vem mudando nas mídias externas. Os anúncios podem ser mais interativos e mudar de acordo com situações e gatilhos, como clima, horário ou dia da semana. A criatividade pode ser muito mais explorada nestes projetos.

Um exemplo clássico foi a campanha realizada em 2018 pelo McDonald ‘s, na Irlanda, em que o anúncio dos painéis mudava de acordo com o clima. A ideia é que as mídias passassem a exibir conteúdos interativos relacionados à linha McCafé Ices quando a temperatura estivesse acima dos 15ºC.

  1. Integração com dispositivos móveis

Jovem mulher negra com penteado afro usando celular no metrô

Os smartphones são ótimas ferramentas para as mídias externas. Isso porque eles produzem dados através dos pontos de conexão Wi-fi, GPS e das redes sociais, que auxiliam no desenho de estratégias mais assertivas e personalizadas para o público-alvo.

Case Moove e Banrishopping

Na campanha para o lançamento do Banrishopping, a mídia incluiu muitos formatos OOH, principalmente os digitais. A ideia era “vestir” a cidade de Porto Alegre com as mídias relacionadas à campanha, levando o conceito à grande parte dos espaços públicos para ter uma boa ativação da marca.

Paula, que foi uma das responsáveis pela campanha, contou que a proposta era passar algo bem tecnológico, condizente com as novas possibilidades oferecidas pelo digital. “Foi uma campanha focada em grandes formatos, para ter mais visibilidade, chamar mais atenção. Tínhamos um formato pensado como TikTok na campanha. Era como se tivéssemos um celular gigante lá”, comenta a Analista de Mídia da Moove.

Para isso, foram propostas táticas de aplicação focando em mídia externa digital, principalmente empenas e frontlights, para deixar a campanha mais tecnológica e fazer com que, em qualquer lugar da cidade, o Banrishopping estivesse presente. 

O resultado da campanha foi muito positivo. “A gente conseguiu cercar a cidade, pegamos todos os pontos, basicamente, e tivemos um grande impacto com ela. As pessoas vinham falar com a gente que onde olhavam viam Banrisul, por todos os lados”, conta a moover.

Este é apenas um exemplo de tudo que os novos formatos de OOH possibilitam. É importante usar a criatividade, pensar em ações fora da caixa, que impactam e, com ajuda das inovações e da tecnologia aplicadas às mídias externas, as campanhas terão efeitos ainda mais positivos e resultados cada vez melhores. “Conseguimos investir e ter o retorno que queríamos“, finaliza Paula.