A iniciativa é do Sescoop/RS, idealizada pela Moove e desenvolvida pela ComTexto Informação Estratégica.
A Agência Moove, em parceria com a ComTexto Informação Estratégica, desenvolveu uma pesquisa sobre a relação dos jovens gaúchos com o Cooperativismo.
A Pesquisa Jovens Coop, uma iniciativa do canal Geração Cooperação, desvenda o comportamento jovem especificamente focado no meio cooperativo, mostrando o que pensam esses jovens que atuam em cooperativas do Rio Grande do Sul.
O estudo reuniu, entre homens e mulheres, 54 pessoas de Porto Alegre e Região Metropolitana e 347 pessoas do interior do Estado. Todas elas trabalham ou são associadas em alguma cooperativa e têm de 16 a 34 anos.
O Geração Cooperação é um canal de conteúdo sobre cooperativismo do Sescoop/RS, focado em atrair o público jovem para o universo do Cooperativismo. Neste contexto de produção de conteúdo para a internet, a Moove identificou que esse público-alvo tinha algo diferenciado no seu jeito de compreender o mercado de trabalho e atuar profissionalmente.
“A pesquisa nasceu de uma vontade antiga nossa de dar embasamento estatístico às diversas percepções que acumulamos ao longo de um extenso trabalho dentro do meio do cooperativismo, não em relação ao impacto positivo que ele causa no nosso mercado – que já sabemos, é enorme –, mas sim ao perfil das pessoas que o compõe, mais especificamente dos jovens que atuam nele”.
Calvin Pontel Wallau, planejador da área de Inteligência Criativa da Agência Moove
Para desvendar a relação entre esse público e o cooperativismo, a Moove desenvolveu, então, em parceria com a ComTexto Informação Estratégica, a Pesquisa Jovens Coop.
O objetivo era simples: identificar características e comportamentos relacionados ao mercado de trabalho e à perspectiva de carreira de jovens entre 16 e 34 anos que atuassem em cooperativas gaúchas, sendo associados ou funcionários. Na prática, um estudo de perfil focado nas percepções e aspirações profissionais dos jovens no universo cooperativo.
A pesquisa envolveu 401 respondentes de todo o Estado do Rio Grande do Sul, com representantes de todos os sete ramos do Cooperativismo, sendo a maior parte dos entrevistados pertencentes a um dos três principais ramos que movimentam o mercado cooperativista: cooperativas de saúde (32%), cooperativas agropecuárias (37%), e cooperativas de crédito (18%).
Questionados sobre seus planos para os próximos 5 anos, os respondentes indicaram que adorariam viajar e conhecer o mundo, ajudar os outros a mudarem suas realidades de vida e ver o Brasil um país mais justo.
E o que descobrimos?
Jovens que atuam em cooperativas se sentem mais “acolhidos” pelo seu local de trabalho em relação às empresas tradicionais;
Jovens que atuam em cooperativas vestem mais a camisa de suas empresas;
Jovens que atuam em cooperativas são mais empáticos em relação ao impacto que suas instituições causam na sociedade e na natureza;
Jovens que entram para o universo cooperativista se mostram profissionalmente mais satisfeitos que a maioria dos representantes de sua geração.
Todas essas premissas – e muitas outras – a Moove conseguiu colocar à prova. Não haviam sido realizadas, até então, pesquisas de comportamento jovem especificamente focadas no meio cooperativo, o que resulta em uma visão inédita sobre um dos segmentos econômicos de maior impacto no mercado nacional, motivo pelo qual a Moove tem orgulho de ter realizado esse primeiro “recorte”.
Veja alguns números:
86,3% dos respondentes acham que suas cooperativas incentivam o desenvolvimento pessoal e a capacitação.
72,1% têm como ideia construir carreira em uma cooperativa.
76% deles demonstram estar satisfeitos com seus salários.
“Este foi um trabalho muito interessante de se fazer, já que temos estudado o segmento 18/34 há mais de sete anos e, neste caso, pudemos fazer um recorte específico no segmento cooperativista. O que pudemos ver na maioria das dimensões analisadas é que o comportamento do jovem ligado ao cooperativismo é análogo, muito próximo do que se nota no geral das Gerações Y e Z. Mas um ponto chama muita atenção: a solidariedade e o espírito comunitário são muito mais pronunciados entre os jovens cooperativistas. E isso é muito positivo, pois sinaliza a solidez de um pensamento e de um modo de agir que conseguem passar de geração em geração”.
Ilton Teitelbaum, sócio-diretor da COMTEXTO Informação Estratégica.
A pesquisa também mostrou, pela percepção de quem está dentro do meio cooperativista, pontos que os jovens acreditam que suas cooperativas devem aprimorar para se tornarem mais atraentes para novos adeptos, e que nem sempre acabam sendo tão eficientes quanto empresas do mercado corporativo tradicional.
56,9% das pessoas acha que o Cooperativismo ainda é pouco conhecido pelas pessoas em geral.
Isso significa que o cooperativismo é um meio bastante acolhedor e inspirador para quem ingressa no sistema, porém, quem está de fora não compreende tão bem a proposta e os valores cooperativistas. Em outras palavras, o cooperativismo, de modo geral, ainda carrega o estigma de não ser plenamente compreendido por quem não atua nele e, grande parte de quem passou tanto pelo mercado cooperativo quanto pelo corporativo nota isso.
Quer acessar mais números da Pesquisa Jovens Coop? Acesse o blog do Geração Cooperação.
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